(Foto: Arquivo Pessoal) |
A atleta Simone Ponte Ferraz (natural de Ponte Serrada) se prepara para disputar os 3.000 metros com obstáculos nas Olimpíadas de Tóquio na noite do próximo sábado, dia 31. A prova (saiba como vai acontecer mais abaixo) está marcada para as 21h40, no horário de Brasília, manhã de domingo já no Japão.
(Foto: Arquivo Pessoal) |
A adaptação ao fuso-horário de 12 horas foi inclusive um dos primeiros obstáculos que a atleta precisou vencer no país asiático. O Oeste Mais conversou com Simone, natural de Ponte Serrada, para saber como está a preparação dela para a prova do final de semana.
“A adaptação com o fuso horário foi difícil nos primeiros dias, principalmente após o almoço, que era madrugada no Brasil, batia aquela vontade imensa de dormir a tarde toda”, conta.
A atleta chegou ao Japão ainda no dia 17 de julho e ficou em um hotel em Saitama até esta segunda-feira. A cidade fica a 70 quilômetros de Tóquio, local da Vila Olímpica, para onde ela rumou por volta das 23 horas de ontem, no horário brasileiro, mas 11 da manhã desta terça-feira no Japão.
Rotina no país das Olimpíadas
Antes de seguir para a Vila Olímpica, a rotina foi do hotel aos treinos e vice-versa. Logo cedo, ainda em jejum, um teste de Covid-19 está no protocolo. Depois, café da manhã, treino e sessões de massoterapia e fisioterapia. Na volta, almoço, descanso e novamente treino, com retorno ao hotel.
“Desde a chegada, minha rotina está muito gostosa. Treinamos dois períodos, intensificamos a preparação e aproveitando toda estrutura montada pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
Calor intenso no Japão
Aqui está fazendo muito calor, então estamos treinando o mais cedo possível, com a logística de acordar e fazer todos os dias o teste de PCR como primeiro compromisso do dia. O ônibus sai do hotel para pista as 7h30 da manhã. Então por volta das 8h já estamos treinando.
Estrutura
O Time Brasil montou uma estrutura fantástica para recuperação muscular, então mesmo enfrentando o calor de 35 graus diariamente, temos piscina de gelo, colete de resfriamento do corpo e tudo mais para auxiliar na nossa recuperação muscular e não sofrer com o desgaste causado pelo calor.
Protocolo contra Covid-19
Em relação à pandemia, aqui no Japão os critérios são rigorosos. Fazemos teste de PCR todos os dias, só saímos para treinar e retornamos para o hotel, usamos máscara o tempo todo, apenas durante o treinamento é permitido ficar sem a máscara. Muitas pessoas trabalhando em prol do melhor Jogos Olímpicos, mesmo com restrições em virtude da pandemia.
3.000 metros com obstáculos
Sobre a prova, serão 45 atletas divididos em três séries de 15 atletas por série, com classificação dos três primeiros de cada série e os seis melhores tempos, totalizando 15 atletas na final. O nível técnico da prova é altíssimo. O Kenya e os EUA são favoritos, porém, o meu objetivo é melhorar a minha marca pessoal. Se der final, eu ficarei muito satisfeita e feliz, porém, estar nos Jogos Olímpicos já me seleciona entre as melhores do mundo, o que é muito gratificante.
Gratidão ao atletismo
Hoje o que passa na minha cabeça é a sensação de missão cumprida, porque eu nasci na pequena cidade do oeste catarinense, uma terra de poucas oportunidades, mas de gente muito trabalhadora, e foi assim que eu cheguei até aqui trabalhando duro, dando o meu máximo e me tornando uma pessoa melhor dentro e fora das pistas. O esporte é transformador e me ajudou a vencer. Eu sou muito grata por praticar o atletismo com amor.
Fonte: Oeste Mais
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