Luiz Fernandes de Oliveira, de 45 anos, foi morto na tarde desta sexta-feira, dia 29, durante uma briga na Penitenciária Industrial de Chapecó, onde estava preso desde quando foi condenado a 50 anos de prisão por torturar sobrinhos em Ponte Serrada, município que fica a cerca de 90 quilômetros da maior cidade do Oeste.
A Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri) informou em nota que um desentendimento aconteceu no pátio de uma empresa instalada dentro da unidade prisional, onde Luiz trabalhava com outro detento. “Ambos haviam sido avaliados previamente pela Comissão Técnica de Classificação (CTC) e não apresentavam restrições para exercer a função”, disse o órgão.
A forma como ocorreu a morte não foi detalhada pela Sejuri, que determinou a abertura de um procedimento administrativo interno para apurar o caso. Equipes da Polícia Científica e Polícia Civil foram acionadas e estiveram no local para realizar o trabalho de perícia e dar início às investigações.
Luiz era tio do menino Lyan de Oliveira, assassinado em março de 2022, e foi condenado a 50 anos de reclusão por torturar ele e outros quatro sobrinhos — com idades entre 2 e 10 anos — no município de Ponte Serrada.
No dia da morte de Lyan, em 5 de março de 2022, por volta das 19 horas, Luiz não estava em casa, por isso não respondeu pelo homicídio da criança, que tinha a companhia dos outros irmãos e da tia, Tânia Correia Claras, condenada a 90 anos de prisão por matar Lyan.
Ela e Luiz eram casados e cuidavam dos sobrinhos. Conforme o Ministério Público, as crianças sofriam constante violência física e mental. Luiz e Tânia foram acusados de agredir os sobrinhos utilizando fio de TV, chinelo, sandália, canos de PVC e cinto.
Segundo as investigações, tudo acontecia porque os menores se sujavam de barro ao brincar na rua e também porque o mais novo não conseguia fazer as necessidades fisiológicas no vaso sanitário.
Choro e gritos eram ouvidos quase que diariamente na casa onde Lyan foi morto
Os tios também privavam as vítimas de alimentação adequada, além de obrigar os sobrinhos de 10 e 7 anos a realizarem serviços domésticos forçados.
Luiz também amarrava as crianças em cadeiras, com as vítimas amordaçadas com fita isolante para não gritarem enquanto eram obrigadas a assisti-lo agredindo Lyan.
Em fevereiro de 2022, também conforme a denúncia, o homem colocou Lyan de cabeça para baixo no vaso sanitário para que ele se afogasse, também causando fratura no fêmur do menino, que precisou passar por cirurgia.
No dia do crime, Tânia teria machucado o menino com chutes, tapas, socos e chacoalhões, causando o óbito por politraumatismo. Ela já estava presa desde a época do crime e permanece na ala feminina da penitenciária de Chapecó.
Fonte: Oeste Mais
Nenhum comentário:
Postar um comentário