A última Sessão Ordinária da Câmara de Catanduvas, realizada no dia 30 de junho, foi marcada pela aprovação unânime de projetos voltados à valorização de profissionais da educação, reconhecimento de iniciativas sociais e reivindicações por justiça fiscal. Os vereadores analisaram propostas que impactam diretamente a rotina de professores, alunos, pacientes e famílias do município e da região.
O principal projeto aprovado foi o Projeto de Lei Complementar nº 101/2025, que altera a legislação municipal e reajusta o valor das aulas excedentes ministradas por professores da rede municipal. A proposta visa reconhecer o esforço dos educadores que assumem turmas em caráter emergencial, garantindo continuidade no aprendizado dos alunos. Com a mudança, os professores das áreas específicas, bem como aqueles cuja carga horária semanal seja de até 30 (trinta) horas, poderão ministrar aulas além do limite regulamentar, na forma de aulas excedentes, sendo que tais aulas não exigirão o cumprimento das horas de atividade pedagógica, e o valor a ser pago por cada aula excedente será equivalente a 2% (dois por cento) do salário inicial da referência MAG II, atualmente fixado em R$ 32,71. A iniciativa busca não apenas valorizar o trabalho docente, mas também garantir que a ausência de um professor não comprometa o conteúdo planejado.
Outra importante aprovação foi a Moção de Congratulação nº 14/2025, apresentada pelos vereadores Dra. Mônia Viera, Neilor Baldi e Marcello de Andrades. A homenagem foi direcionada ao Projeto G.I.R.A. – Grupo de Inclusão, Risos e Alegria, idealizado por estudantes do curso de Medicina da UNOESC de Joaçaba. O grupo realiza ações de acolhimento e humanização em ambientes hospitalares, impactando positivamente crianças, famílias e pacientes oncológicos. Com visitas fantasiadas, brincadeiras e ações educativas, os voluntários ajudam a transformar o ambiente hospitalar em um espaço mais leve e esperançoso. A moção reconhece o impacto social e formativo do projeto, que já alcançou centenas de pessoas com ações voluntárias, como visitas fantasiadas, campanhas de arrecadação e atividades públicas de integração.
“Solicitamos essa moção porque, embora o projeto seja desenvolvido no UST, ele já tocou a vida de muitos pacientes aqui do nosso município. Conversei com famílias que passaram por momentos difíceis no hospital e foram acolhidas com música, carinho e empatia. É um gesto simples, mas que faz toda a diferença”, destacou a vereadora Dra. Mônia Viera.
“Parabenizo a eficiência do trabalho voluntário. Às vezes nos preocupamos com grandes ações e esquecemos que um simples sorriso ou abraço já pode curar. As fotos mostram o quanto isso faz bem. Não precisamos de gestos grandiosos para transformar vidas”, disse o vereador Neilor Baldi.
“Acredito muito no trabalho feito de coração e com propósito. Parabenizo todos os estudantes envolvidos e também os participantes de Catanduvas que foram convidados para apresentações de música, teatro e outras atividades. Que iniciativas como essa continuem acontecendo”, afirmou o vereador Marcello de Andrades.
A sessão também contou com a aprovação da Moção de Protesto nº 15/2025, de autoria do vereador Odair (Shazan) Gabrielli. A proposta será encaminhada ao Congresso Nacional e solicita a criação de um mecanismo que permita a dedução integral de despesas com medicamentos no Imposto de Renda para pacientes com doenças graves. O texto argumenta que, apesar da isenção de IR já concedida a aposentados com enfermidades severas, os gastos com remédios ainda sobrecarregam financeiramente muitos pacientes em idade ativa. A moção visa sensibilizar o legislativo federal para garantir maior justiça fiscal e alívio a quem enfrenta altos custos com saúde.
“Essa moção busca sensibilizar o Congresso Nacional sobre a importância de criar uma lei que permita deduzir do Imposto de Renda os gastos com medicamentos de uso contínuo, especialmente aqueles que não são fornecidos pelo SUS. Falo por experiência própria: tenho diabetes tipo 2 e precisei recorrer a uma medicação mais moderna, que não é coberta pelo sistema público. Sei que muitos não têm condições de arcar com esse custo. Se houvesse esse incentivo fiscal, mais pessoas poderiam ter acesso a tratamentos eficazes e qualidade de vida. Uma ideia que nasce em uma Câmara pequena, como a nossa, pode sim repercutir em todo o país e beneficiar milhares de brasileiros”, defendeu o vereador Shazan.
Luan Ribeiro / Assessoria de Imprensa