O Ministério Público da comarca de Catanduvas, através do Promotor de Justiça Flavio Fonseca Hoff denunciou os dois suspeitos pela morte de João Paulo Tomasi, 22 anos. O crime ocorreu na madrugada do dia 16 de abril de 2017 nas imediações do CTG de Jaborá, às margens da SC-355.
O MP formalizou denúncia contra G.G., 25 anos, natural de Presidente Castello Branco e morador de Jaborá, e G.C., 22 anos, natural e também morador de Jaborá. Segundo a denúncia, os fatos ocorreram na parte externa do CTG. Os acusados teriam desferido chutes na cabeça da vítima, que estava no chão, provocando a morte.
As agressões teriam iniciado depois de uma discussão. Segundo o que se apurou, o crime teria ocorrido por motivo fútil decorrente de discussão que se deu no estacionamento da festa por conta do bloqueio da passagem do veículo Saveiro conduzido por G.C.
Consta nos autos que G.C tentava obter passagem para deixar o local com seu veículo, cujo trajeto estaria bloqueado pela vítima e sua esposa, ambos a pé. A vítima, vendo a proximidade exagerada do veículo e não gostando da atitude, teria ido conversar com o motorista, ocasião em que G.G interveio, o que resultou em discussão e luta corporal entre João Paulo e G.C.
Durante a briga, João Paulo teria imobilizado G.G e o largado, no intuito de encerrar a confusão. No entanto, apurou-se que, não satisfeito com o término da briga, G.G teria desferido um soco no rosto de João, que estava desatento, o qual caiu.
Em seguida teria desferido o primeiro chute contra o rosto dele. A vítima tentou se levantar, mas não conseguiu porque foi atingido por um segundo chute na face, que lhe deixou desorientado. G.G teria desferido um terceiro chute contra o rosto da vítima, que caiu de bruços, imóvel. De acordo com o MP, G.C também teria aproveitado a oportunidade para desferir chutes contra João, já desacordado.
“Nessas circunstâncias, estando o ofendido impossibilitado de reagir e levando em consideração o número de golpes levados na face, bem como o período em que permaneceu nessa situação até atendimento médico – omitido pelos autores – ocasionou-lhe intenso e desnecessário sofrimento, caracterizando, pois, o uso de meio cruel”, apontou o promotor.
João Paulo foi conduzido em estado grave ao Hospital Universitário Santa Terezinha de Joaçaba onde veio a falecer no mesmo dia, por volta das 9h, em razão de "parada cardiorrespiratória e traumatismo crânio encefálico.
O MP denunciou a dupla por homicídio qualificado com duas qualificadoras, motivo fútil e meio cruel.
Fonte: Michel Teixeira
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